Negrelos (São Tomé) com sede na vila de São Tomé de Negrelos é uma freguesia portuguesa do município de Santo Tirso. A sua densidade populacional é 613,56 hab./km².

A freguesia de São Tomé de Negrelos, com uma área de 5,49 Km2, localiza-se no Vale do Ave, na parte nordeste do Município de Santo Tirso. Foi elevada a vila em 1993. É limitada a norte pelo rio Vizela (tendo na margem oposta a freguesia de Vila das Aves, a este pela freguesia de Roriz, a sul pelo município de Paços de Ferreira e pela freguesia de Monte Córdova e a Oeste pela freguesia de Rebordões.

S. Tomé de Negrelos situa-se na encosta da margem esquerda do rio Vizela e carateriza-se por um tipo de povoamento disperso ao longo da rede viária, com alguma atividade industrial localizada, sobretudo, junto ao rio e à face da EN 105, onde se localiza também a Unidade de Saúde Familiar S. Tomé.  O seu aglomerado urbano principal localiza-se a meia encosta e concentra alguns equipamentos e serviços, com destaque para a Escola Básica de S. Tomé de Negrelos.

Terra antiquíssima, os primeiros vestígios de ocupação humana remontam à proto-história, presentes no castro de Santa Margarida, monumento que se encontra classificado como Imóvel de Interesse Público. A povoação de S. Tomé de Negrelos aparece já referida no século XI. Esta povoação chegou a ser vila e couto, tendo pertencido ao concelho de Negrelos, o qual depois de extinto, foi integrado no concelho de Santo Tirso.

Foi vila e sede de concelho, de curta existência durante a primeira metade do século XIX. Em 1849 tinha 8 105 habitantes e 70 km². Era constituído por 12 freguesias: Burgães, Monte Córdova, Rebordões, Refojos de Riba de Ave, Roriz, São Mamede de Negrelos, São Martinho do Campo, São Miguel do Couto, São Salvador do Campo, São Tomé de Negrelos, Vilarinho e Penamaior. Teve notariado privativo de 1837 a 1952, e registo civil até 1981. 

Desde Fevereiro de 1999 que funciona, na Sede da Junta de Freguesia, um Posto de Correios. 

Em pleno período áureo do concelho foi fundada na freguesia, em 1845, por técnicos alsacianos e capitalistas portuenses a Fábrica de Fiação e de Tecidos Rio Vizela, que veio revolucionar e impulsionar o crescimento e desenvolvimento de todo o Vale do Ave, empregando nos fins do século XIX perto de 3.000 operários. Esta fábrica , conhecida como a Fábrica de Negrelos, foi a pioneira, durante 50 anos, da indústria têxtil, e a escola que formou técnicos que, depois, criaram outras fábricas espalhadas por todo o Vale do Ave.

Em 25 de Novembro de 1908 o Rei D.Manuel II e sua mãe, Rainha D. Amélia, visitaram a fábrica de Negrelos, no decurso da sua visita ao norte do país.